Transgênicos

Com o desenvolvimento da indústria, problemas como as desigualdades sociais e a fome foram acentuados. Em decorrência disso, no século XX, a Revolução Verde visou aumentar a produção agrícola por meio de alimentos geneticamente modificados (OGMs) e o uso intensivo de insumos e fertilizantes. Porém, o projeto que idealizava erradicar a fome mundial logo sofreu diversas críticas quanto à sua sustentabilidade, como a de que um programa baseado em monoculturas e agrotóxicos representa uma grande ameaça ao meio ambiente e à saúde humana. Os alimentos transgênicos foram criados para resolver questões que o próprio modelo de agricultura industrial criou. Considerado altamente destrutivo e irresponsável, esse modelo é mantido pelas grandes corporações, que utilizam uma quantidade excessiva de produtos químicos e não resolvem o problema da fome. Pesquisas recentes realizadas pela Academia Americana de Medicina Ambiental evidenciam que os OGMs podem tornar mais severos os quadros de alergia, acelerar o envelhecimento e gerar problemas de reprodução. Por essa razão, em diversos países, principalmente da Europa, é proibida a entrada de alimentos desse tipo. O Greenpeace, uma das principais organizações não governamentais do mundo, defende a agricultura ecológica, que é caracterizada pela diversidade, pelo conhecimento popular e que leva efetivamente comida às pessoas. Este modelo, livre de transgênicos, é responsável por 80% dos alimentos consumidos no mundo, mas não supera os lucros obtidos pelas indústrias. Em virtude disso, os camponeses desistem dos cultivos ecológicos para não sofrerem prejuízos financeiros. Para incentivar a agroecologia, é necessário proteger a biodiversidade, a terra e os fazendeiros, que estão sendo roubados de sua cultura. A produção de alimentos é controlada pelas grandes corporações alimentícias. A ativista indiana Vandana Shiva, considerada a principal inimiga dos transgênicos, ressalta que a única maneira de combater esse controle é o