A Onda Resumo
O professor começa então a realizar ações com os alunos que visam estabelecer um vínculo maior entre eles, como marchar no mesmo ritmo, sempre levantar para falar com o professor, chamar o professor sempre de senhor, usar uniforme, etc… Aqueles alunos que não tinham interesse nas aulas, que tinham ligações com seus grupos, com suas preferências específicas e suas identidades, começam a levar a sério esta proposta. Em pouco tempo, é criado um movimento denominado A Onda, que faz com que os jovens criem um espírito de grupo que elimina as diferenças, exclui e discrimina aqueles que não participam do movimento.
No início, a iniciativa traz uma série de benefícios, como uma maior aplicação dos alunos ao estudo, uma melhora significativa nas notas; um aluno que era discriminado anteriormente, quando entra para o movimento encontra um meio de se socializar e ser aceito pelos outros. A própria diretora da escola, impressionada com as mudanças, apoia A Onda, que transforma o clima da escola e começa a atravessar seus muros. A empolgação com este espírito de grupo é tamanha que rapidamente uma onda de propaganda se espalha pela cidade, pichações com o símbolo do movimento, adesivos, um blog, vários elementos que dão visibilidade à Onda, conquistando mais integrantes.
A experiência sai do controle, e em pouco tempo a violência explode. Há determinados mecanismos, dentro de nós, que se ativados e trazidos à tona, evidenciam um aspecto bárbaro.