Transformações societárias
Pensar nas possibilidades do avanço do Serviço Social no Brasil,parece extremamente necessário através das grandes transformações societárias que afetam diretamente o conjunto da vida social e incidem fortemente sobre as profissões, suas áreas de intervenção,seus suportes de conhecimento e de implementações e suas funcionalidades.
Diante de uma reflexão prospectiva do Serviço Social, há porem alguns equívocos que devem ser evitados. O primeiro equivoco que Jose Paulo Netto apresenta de “fuga para o futuro”, é o de se preocupar com a possibilidade de desenvolvimento servindo como justificativa da ausência de atenção para com as realidades atuais. O segundo reside em “converter a prospecção” entendida como análise projetiva em operação especulativa, a partir das considerações abstratas de alguns dados emergentes da vida social, com tendência a se inferir um quadro geral e tomado como real que configure o cenário futuro.
A especulação e o discurso prescritico em geral têm mostrado como um rosto falacioso da prospecção. As rápidas e intensas transformações societárias constituem um privilegio as alterações profissionais e uma grande redimensão de profissões já consolidadas, havendo uma reconfiguração as necessidades sociais dadas, e criando novas, ao transformar a produção e a reprodução da sociedade atingindo a divisão sociotécnica do trabalho, com grandes modificações em todos os níveis de conhecimento e modalidades de formação e de práticas, sistemas institucionais-organizacionais,etc. As alterações profissionais derivam da intricada interação que processa entre as transformações societárias ,com rebatimento na divisão sociotécnica do trabalho e o complexo(teórico,político e cultural)que é constituído de cada profissão.É na década de 70 que surgem as transformações societárias que vão dar continuidade nos anos 80 e 90,revelando inflexões significativas no envolver da sociedade capitalista.Neste