TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL E NO PIAUÍ

TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL E NO PIAUÍ
A história nos mostra que o avanço da educação em geral, no Brasil, se deu de forma muito desigual. No Piauí, o quadro não é diferente resultado de uma cultura marcada pelos interesses conservadores e por um modelo educativo excludente.
As primeiras iniciativas que indicaram preocupação com a educação no
Estado do Piauí surgiram somente em 1733, após 184 anos do descobrimento do
Brasil, com a vinda dos jesuítas para este Estado, com o objetivo de administrar as fazendas deixadas como legado por Domingos Afonso Mafrense, após sua morte.
A primeira tentativa aconteceu em 1733, quando por meio de um “Alvará de Licença,” os jesuítas conseguiram autorização para funcionar uma instituição de ensino que seria denominada “Externato hospício da Companhia de Jesus” que infelizmente não logrou êxito devido a inúmeras dificuldades impostas pelas condições precárias da Capitania. Os jesuítas persistiram e, em 1749, fazem uma nova tentativa e organizam no Distrito de Mocha, que mais tarde veio a se transformar na Capital da Província, o Seminário do Rio Parnaíba, oficializado em
1751, por alvará, concedendo licença ao Padre Malagrida que seria uma espécie de interventor, para fundar os Seminários em alguns estados do país dentre estes, o
Piauí.
Entretanto, mesmo os pais contribuindo com a manutenção do estabelecimento de ensino e a Coroa, remunerando os professores, os atritos freqüentes dos índios com os sertanejos pela posse de terra, dentre outras dificuldades, fizeram com que os jesuítas transferissem para o Maranhão, aquele educandário, ficando a Capitania sem escola, encerrando dessa forma as atividades educacionais dos inacianos no nosso Estado. Essas escolas não alcançaram resultados satisfatórios, os professores ministravam as aulas e recebiam em troca “paneiros de farinha”, mostrando o “desapreço que nossos colonizadores tinham para com a leitura e a