Tracoma
A transmissão pode ocorrer sempre que houver lesões ativas na conjuntiva pelo contato direto entre as pessoas, ou por contato indireto com mãos ou objetos contaminados (toalhas, lenços, produtos de maquiagem, etc.). Alguns gêneros de moscas, especialmente as domésticas e as conhecidas como lambe-olhos, podem transmitir a bactéria para uma pessoa sem a enfermidade, mecanicamente, se pousarem sobre olhos infectados de um doente.
Crianças, mesmo as assintomáticas, e os portadores de infecção ativa representam o principal reservatório dessa bactéria. Histórico
O tracoma não existia nas Américas. Os focos da doença surgiram no Brasil em dois momentos e lugares diferentes: no Nordeste, durante a colonização portuguesa e, em meados do século 19, trazidos pelos imigrantes europeus que se dirigiram para o Sul e o Sudeste. Atualmente, apesar das medidas de controle, o tracoma é considerado uma enfermidade endêmica em grande parte do território nacional.
Sinais e sintomas
O período de incubação varia entre cinco e doze dias.
Nas fases iniciais, quando os sinais se manifestam, o tracoma assume a forma de uma ceratoconjuntivite folicular bilateral crônica com hiperplasia papilar (papilas aumentadas).
Os principais sintomas são sensação de corpo estranho nos olhos, prurido (coceira), lacrimejamento, irritação, ardor, secreção mucopurulenta, hiperemia (olhos vermelhos) e edema palpebral (inchaço).
A repetição das infecções provoca cicatrizes especialmente na conjuntiva que reveste a pálpebra superior, que a deformam. A evolução do quadro é marcada por complicações como o entrópio (margem da pálpebra voltada para dentro do olho), a