Fronteiras Peru-Brasil
O Peru alegava que o Brasil estava sendo cessionário da Bolívia, ou seja, que o Brasil havia comprado os direitos no território. Em contrapartida o Brasil afirma que ele não era cessionário visto que estava sendo restituído de direitos que anteriormente o pertenciam. O Brasil aclama que não estava comprando o Acre da Bolívia, nem o título Espanhol que a Bolívia detinha sobre a região, mas ao contrário, recuperando o título Português que, por necessidade política na guerra do Paraguai, o Brasil cedeu à Bolívia.
Então, o que se trata na questão é acerca desse território que o Tratado de Petrópolis retoma ao estado original: o de pertencer ao Brasil. Quanto aos territórios que o Peru e a Bolívia negociam, já não cabe ao Brasil, pois é uma questão externa. Qualquer negociação feita entre Bolívia e Peru era secundária ao Brasil, visto que os direitos de ambos vinham do mesmo soberano (Espanha), enquanto o Brasil possuía títulos vindo de Portugal.
“O Brasil tem seus títulos assim como os que lhe provêm de Portugal, e deslindará as suas fronteiras com o soberano vizinho. Pouco importa se esse vizinho seja a Bolívia ou o Peru”.
Ainda em 1867 a inconformidade do Peru era que, a Bolívia e o Brasil estivessem negociando territórios que, por direito pertenciam ao Peru. O Império, obviamente, não acatou a argumentação, enquanto a Bolívia faz ao Peru uma releitura dos tratados à fim de argumentar a exatidão das negociações com o Brasil. O governo Peruano propõe uma