trabalho
ACADEMICA: MOEMA LEITE TOURNIER
RESENHA DO TEXTO: RACIOCÍNIO CLÍNICO NA SALA DE URGÊNCIA
1 RACIOCÍNIO CLÍNICO NA SALA DE URGÊNCIA
O raciocínio clínico é o exercício de estimar sobre incerteza durante o cuidado do paciente. Para diminuir a probabilidade de erro é essencial o treinamento dos médicos nos processos cognitivos auxiliando na tomada de decisão. A sala de urgência é um ambiente com muitas incertezas. Contudo, neste ambiente se reúnem uma maior densidade de decisões na prática médica. A aquisição de dados é a primeira etapa do raciocínio clínico. Ela deve ser realizada de forma sistemática e cuidadosa, contendo elementos de história clínica, revisão de prontuário e exame físico. Para extrair-se o máximo da história clínica devemos utilizar questões abertas e claras, evitando-se perguntas ambíguas ou tendenciosas. É fundamental lembrar que as questões sobre hábitos inadequados de vida devem ser formuladas no meio da entrevista, visto que no início o paciente ainda não estabeleceu um vínculo de confiança e no final ele pode querer evitar uma última impressão negativa. Este fenômeno é chamado efeito sequencial. O efeito telescópio é quando o paciente tende a superestimar a frequência de eventos repetidos e a intensidade de eventos agudos. É importante fazer perguntas objetivas que quantifiquem a intensidade e duração do processo. Após uma breve entrevista, baseado apenas na observação do paciente e na resposta a algumas perguntas abertas, o médico acaba de estabelecer o conceito inicial.
O conceito inicial é profundamente influenciado pelas condições do atendimento e pelos dados epidemiológicos do paciente. A próxima etapa do raciocínio clínico é a criação da representação do problema clínico, sendo este uma abstração mental que sintetiza em uma sentença o caso específico. Denomina-se problema clínico a queixa que necessita de investigação diagnóstica, pois interfere na qualidade de vida,