Trabalho
No século XVIII, Kant escreveu a Crítica da razão pura, tinha diante de si duas ciências consideradas por ele exemplares: a matemática e a ciência da natureza. Na Crítica da razão, Kant dizia: " a filosofia é de causar pena, pois nele reinam a confusão, os conflitos de doutrinas, aporias de todo tipo". A tarefa da Crítica da razão pura era justamente examinar quais as condições preliminares que deviam ser preenchidas ou respeitadas para que um dia a filosofia pudesse torna-se uma ciência, estabelecendo as condições a priori de possibilidade e os limites do conhecimento humano. No fim do século XIX e início do século XX, a preocupação com o transcendental reapareceu com filosofia de Edimund Husserl, a fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que se mostra - e logos - explicação, estudo) afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação". Os objetos da Fenomenologia são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema). A descrição fenomenológica exige uma atitude que Husserl designa com a palavra grega epochê, que significa "suspender o juízo sobre alguma coisa de que não se tem certeza". A epochê fenomenológica consiste, nas palavras de Husserl, em "'colocar entre parênteses' nossa crença na existência da realidade exterior e descrever as atividades da conciência e da razão como um poder a priori de constituição da própria realidade". O mundo ou a realidade é um conjunto de significações ou de sentidos que são produzidos pela conciência ou pela razão. A razão é "doadora de sentido" e