Trabalho e precarização numa ordem neoliberal
O conjunto de idéias que determinam a não participação do estado na economia, para a ocorrência da liberdade de comércio e, portanto o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país é a definição de neoliberalismo.
Inicialmente, essa doutrina surgida na década de 1970, tendo como um de seus mais ilustres representantes o economista Milton Friedman, admitia que com a total liberdade econômica a competitividade aumentaria, fazendo com que os preços e a inflação caíssem, resultado esse extremamente necessário, já que o pano de fundo desse momento histórico era a crise do petróleo.
Nesse momento o capitalismo começou a passar por uma crise estrutural, na qual deixou de produzir para o consumo das massas. Os modelos de produção como o taylorista e o fordista davam sinais de falência e o toyotismo começou a ser enxergado através de uma nova óptica tendo seu foco desviado.
Com o fim da Guerra Fria, tendo como lado vencedor àquele dominado pela doutrina capitalista, o sistema capitalista assumia o papel de vitorioso e o neoliberalismo era a via mais fácil e rentável para o mesmo.
A grande chave da questão era a rentabilidade ao extremo. O investimento em tecnologias e a redução da força de trabalho humano visando à redução dos custos de produção originaram uma nova forma de acumulação chamada de acumulação flexível.
Entretanto, no cenário atual o neoliberalismo e a reestruturação produtiva da era da acumulação flexível se tornaram dois fatores munidos de fortes características demolidoras, no sentido de promover um monumental desemprego, uma grave precarização do trabalho e uma degradação crescente na relação metabólica homem e natureza, pois visa prioritariamente o aumento da produção sem importa-se com os efeitos destes meios lucrativos ao ecossistema.
O capitalismo evolui, e para alcançar seu objetivo, o capital, transgride qualquer barreira, seja ela ambiental ou até mesmo humana. À medida que a