Trabalho séries iniciais
Os pais e professores desejam que os meninos e meninas de hoje, além de desenvolver habilidades técnicas ou instrumentais, desenvolvam também, habilidades sociais. Habilidades que nos capacitam de criar ao seu redor uma rede de relações com as pessoas e nos defender na vida, e até triunfar nela.
Todavia, se levarmos a sério os valores que inspiram uma sociedade que se pretende democrática, é impossível atingirmos estes valores contando apenas com indivíduos tecnicamente e socialmente capacitados. É necessário buscarmos a formaçao de pessoas autônomas, com desejo de auto-realização, para isso será necessário uma educação moral no seu mais amplo sentido.
A educação moral deve ajudar a formação do caráter indivual, ajudar os jovens a modelar seu próprio caráter de tal modo que cheguem a ver a si mesmos como pessoas motivadas, desejosas de fazer planos, afeiçoadas por seus projetos de auto-realização, mas ao mesmo tempo, conscientes que para isso precisam contar com outros e com um pouco de sorte. Nesta tarefa educativa torna-se imprescindível fortalecer o autoconceito.
A felicidade é, em grande medida, uma questão pessoal, que cada um deve projetar segundo sua propria constituição natural, suas capacidades, seus desejos e contextos sociais. Sabendo disso, devemos esclarecer a todos, educadores e educandos, que a felicidade pode ser entendida de múltiplas maneiras, muitas delas igualmente legítimas, e que a nossa felicidade não depende totalmente de nós. Logo, em uma sociedade democrática e pluralista, cabe ao educador aconselhar, convidar e narrar experiências próprias e de outros.
Devemos valorizar as tradições, normas legais e instituições que constituem o ethos comunitário. No entanto, não podemos limitar-se ao objetivo de socializar o educando apenas em sua comunidade, é preciso incutir nele a disposição de ultrapassar a solidariedade comunitária, passando a adotar uma perspectiva de educação de solidariedade universalista