Trabalho sobre o Monasticismo
Ao longo da história algumas pessoas, que viveram em épocas marcadas pelo mundanismo e a excessiva institucionalização, optaram por renunciar à vida em sociedade retirando-se ao isolamento em busca de atingir a santidade pessoal por meio de uma vida de contemplação e ascetismo. No período da decadência interna do Império Romano, o monasticismo tem suas origens no século IV quando leigos em número cada vez maior começaram a se retirar abandonando a vida em sociedade. Ao final do século VI, o monasticismo já tinha profundas raízes tanto na igreja Ocidental quanto na Oriental. Um segundo período áureo do monasticismo ocorreu por ocasião das reformas monásticas dos séculos X e XI. A era dos frades, no século XIII, constitui um terceiro período. O surgimento dos jesuítas na Contra-Reforma do século XVI constitui o período final, em que o monasticismo atingiu profundamente a Igreja.
2. A origem do monasticismo Vários fatores contribuíram para o surgimento do monasticismo dentro da Igreja Antiga. A doutrina dualista sobre a carne e o espírito, com sua tendência a considerar a carne má e o espírito bom influenciou o Cristianismo ao longo dos movimentos gnóstico e neoplatonista. A fuga do mundo, segundo se pensava, ajudava a pessoa a crucificar a carne e desenvolver a vida espiritual pela meditação e pela ascese.
O Monasticismo Cristão deve ser compreendido como uma resposta à secularização da igreja. Porém não se deve atribuir o movimento apenas aos motivos religiosos. Boa parte de suas raízes são políticas, sociais, econômicas e culturais. Todos esses motivos citados contribuíam naquela época para pessoas se refugiarem nos desertos do Egito, levando uma vida de solidão. Nesta época, a crise no Império Romano era terrível, o Egito era uma das províncias mais ricas do império, mas os altos impostos, desvalorização da moeda refletiam em todo o caos em que a sociedade estava enfrentando. Neste cenário existia