Trabalho sobre a reforma trabalhista na espanha
Um dos países mais afetados pela crise europeia, a Espanha deu início nesta quinta-feira (29/03/2012) a protestos e paralisações. Os manifestantes protestam contra a reforma trabalhista e as políticas de austeridade do governo conservador.
Segundo os grevistas, a reforma trabalhista, aprovada pelo governo com o objetivo de estimular a criação de emprego, deve piorar a situação no país. Atualmente, a Espanha registra uma taxa de desemprego recorde entre os países industrializados de 22,85% entre a população economicamente ativa, que atinge principalmente os jovens com menos de 25 anos (48,6%).
"O objetivo do governo é interromper o aumento do desemprego", explicou a ministra, uma vez que o custo das demissões tem sido apontado como uma das principais causas da falta de novas contratações pelas empresas.
O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira uma reforma do mercado de trabalho. A nova legislação trabalhista "favorecerá diretamente mais de 8 milhões de trabalhadores que se encontram em greve ou têm um contrato de trabalho temporário", assegurou na Câmara o ministro do Trabalho, Celestino Corbacho.
O ministro lembrou que a reforma pretende "impulsionar a criação do emprego estável", "restringir o uso injustificado da contratação temporária" e "evitar o encadeamento sucessivo de contratos temporários".
Além disso, será aprovada a criação de um fundo para cada trabalhador para que sua indenização por demissão seja mais barata para a empresa, impulsionando "flexibilidade" nas condições de trabalho.
Corbacho negou que a nova legislação diminua a indenização por demissão, o que foi reprovado por vários deputados. A reforma pretende ampliar o uso do chamado contrato de fomento ao emprego, que tem uma indenização menor que um contrato normal, de 33 dias em vez de 45, e na demissão por causas econômicas, uma indenização de 20 dias.
"Esta não é a reforma trabalhista que a Espanha precisa. É a reforma da demissão.