O que significa ser europeu? o desemprego na europa
O desemprego na Europa
O desemprego assombra a zona Euro. Em toda a Europa, os números são assustadores. Milhões estão sem trabalho. As economias começam a parar. As medidas de austeridade impostas pelos governos da zona do euro sufocam a produção, a indústria, os serviços.
Por exemplo, o Primeiro-Ministro da Itália, Mario Monti, assumiu um tom crítico. Segundo ele, a Europa, que está a investir muita energia em criar instituições e não está a conseguir conduzir bem o processo para voltar a crescer. Os dados da agência Eurostat confirmaram o aumento da depressão económica do continente.
São os trabalhadores as grandes vítimas da crise europeia. Ao todo, 17 milhões de pessoas estão desempregadas na zona do Euro. É como se a população inteira da Holanda não tivesse trabalho. É o maior índice europeu dos últimos 15 anos, registado apenas em 1997.
A Espanha tem o pior quadro. Praticamente um quarto da população está fora do mercado de trabalho e a situação é ainda mais dramática entre os jovens: metade não consegue arranjar emprego. Em seguida, vem a Grécia, onde mais de um quinto da população continua em busca de trabalho.
Poucos países saem ilesos desta crise. A Alemanha, o país mais rico da Europa, tem uma das taxas de desemprego mais baixas. A previsão dos economistas é de que a situação continue piorando, e o desemprego atinja os 11%.
As repercussões amargas vêm de líderes políticos e sindicais, que afirmaram que a política económica conservadora da Europa não funciona e que os objetivos financeiros dos 17 países do Euro são irreais e incompatíveis com o desenvolvimento.
Surgem assim inúmeros protestos na Grécia e em Portugal, e convocações para a mobilização geral em Espanha contra a reforma trabalhista.
Em Portugal, centenas de pessoas provenientes de diversos lugares do país já protestaram igualmente contra as medidas de austeridade previstas no plano de ajuda internacional estabelecido para o país.