Trabalho sobre lingüística e letramento.
EMÍLIA FERREIRO, a psicolinguística argentina, estudando os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, ao invés de perguntar como se ensina a ler e escrever, perguntou como alguém aprende a ler e escrever independente do ensino. A partir daí desenvolveu teorias que deixam de fundamentar-se em concepções mecanicistas/interacionistas fundamentando-se em Vygotsky e Piaget.
O que isso significa? Significa que o processo de ensinar se desloca para o ato de aprender, por meio da construção do conhecimento que será realizado pelo educando, que se torna agente de sua aprendizagem.
Os conceitos que os professores trabalham separadamente, de acordo com Ferreiro, como imaturidade, prontidão, habilidades motoras e perceptuais deixam de ter sentido isoladamente. Os aspectos motores, cognitivos e afetivos são importantes, na medida que tratados no contexto da realidade sócio-cultural dos alunos.
Os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita compreendem que o conhecimento não está nem no sujeito (racionalismo) e nem no objeto (empirismo). Pelo contrário, dá-se pela interação ou pelas trocas do sujeito com objeto (interacionismo), onde ambos se transformam. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com o ambiente.
Para a Teoria da Psicogênese, toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie da complexidade do sistema alfabético.
Os níveis de escrita, segundo a Psicogênese da Língua Escrita escrito por Emília ferreiro e Ana Teberosky, são os seguintes:
• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
• Nível 2: Intermediário I;
• Nível 3: Hipótese Silábica;
• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
• Nível 5: Hipótese Alfabética.
• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
A criança:
- não estabelece vinculo entre fala e