TRABALHO NATH LINDA
Partindo-se do pressuposto do processo de desligamento de jovens institucionalizados, nota-se que tal processo é mais complexo do que se imagina e atinge notáveis proporções dentro da sociedade como um todo.
A relevância do processo de desligamento em si está relacionada ao adolescente envolvido, a repercussão que tal processo gera neste e as consequências que isto traz para sua vida. São adolescentes que muitas vezes já passaram por situações conturbadas, que vêm de um histórico familiar conflituoso e que geralmente, ao chegar o momento de desligamento da instituição que estes se encontram, ficam a mercê de uma série de fatores alheios à sua vontade ou que atendam sua necessidade real.
Vale ressaltar que tal jovem que está em situação de acolhimento institucional, ao passar pelo processo de desligamento, em alguns casos se depara com a reinserção familiar, ou seja, ao sair do abrigo/casa-lar ele retorna a sua família de origem. No entanto, muitas vezes esta mesma família está em situação de vulnerabilidade e o adolescente não foi devidamente preparado para tal realidade, nem sua família. Casos assim, são marcados pela carência de recursos, de cuidados específicos e políticas públicas que norteiem a promoção da convivência familiar. No entanto, em alguns casos a reinserção é marcada pela satisfação do adolescente, embora existam algumas necessidades a serem supridas. Já em algumas vezes, a reinserção familiar simplesmente não ocorre, e este jovem que ora atingiu a maioridade, ora por decorrência de algum outro fator sofre o desligamento da instituição e se depara com uma realidade solitária e bastante comprometida, longe de sua família de origem.
Deste modo, na região de São José do Rio Preto a situação de desligamento de jovens institucionalizados é ainda bastante debilitada e marcada pela limitada distribuição de recursos oriundos dos governos competentes, tanto da esfera municipal, estadual ou federal. Sendo assim, alguns são os locais que