Trabalho Hobbes e Rousseau
Em O mal-estar na civilização, Freud afirma que ao submeter-se ao poder do Estado, o homem abdica de sua liberdade para poder se integrar a comunidade humana, e com essa ideia Hobbes acrescenta que antes de haver civilização, além do homem possuir essa liberdade, possuía também insegurança. Vivia num mundo onde tudo podia, onde vigorava a lei da selva, em que o ser humano só se preocupava com a sua vida, não com uma ordem social. Através do contrato social, o homem abdica de sua liberdade de possuir todas as coisas e passa a ter sua segurança garantida pelo Estado, que estabelece uma ordem social. Logo, com a passagem do estado de natureza para a vida civil, o homem transfere para um terceiro – o Estado – o poder de criar leis e garantir a sua vida, e consequentemente criando a soberania. Contudo, ao contrário do pensamento Hobbesiano, Rousseau crê que o homem é naturalmente bom, mas que a sociedade o corrompe. Em seu estado de natureza, o homem vivia de forma solitária e simples, onde se preocupava apenas com a sua conservação. Com o surgimento da sociedade civil, o filósofo descreve a ideia de propriedade, dizendo que "o verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado o terreno lembrou-se de dizer “isto é meu” e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes,