CONTO DE ESCOLA
É narrado em primeira pessoa por um narrador já adulto, que faz uma reflexão do passado e analisa criticamente um fato ocorrido em sua infância.
A história contada por Pilar, “o narrador” é a seguinte: numa segunda-feira, pela manhã, Pilar decidia se ia brincar no morro de São Diogo ou no campo de Sant'Anna. Porém, Lembrava-se da surra de vara de marmeleiro que o pai lhe deu por causa de já ter faltado duas vezes a escola na semana anterior, então decide ir à aula.
Na aula, Policarpo, “Professor” aplica uma lição de escrita e pede para que entregassem logo , seu amigo de classe interpelado por Raimundo, “filho do professor” que lhe oferece uma moeda de prata que ganhou de sua mãe em seu aniversário, mas em troca, Raimundo pede para Pilar que lhe explique a lição. Pilar aceita, mas, durante a troca, percebe que Curvelo, um outro colega de classe, prestava atenção neles. Curvelo, logo a seguir, delata os colegas ao professor Raimundo. Este, furioso, convida Pilar e Raimundo a sua mesa, chama atenção de Pilar por ter aceito suborno para ensinar a lição para seu filho, então lhe pede a moeda, atira pela janela e castiga os meninos com a palmatória, recriminando-os seriamente pela transação.
Depois disso, Pilar promete a si mesmo que daria uma surra em Curvelo por ter os delatados. Na saída, persegue-o, mas Curvelo consegue escapar.
Na manhã seguinte, depois de ter sonhado com a tal moeda, Pilar sai com a intenção de procurá-la durante seu trajeto a escola mas sua atenção é desviada pelo batalhão de fuzileiros, que marchavam ao som de tambores. Então desiste da moeda e da aula e segue-os marchando. Quando chega em sua cara à tarde, sem pratinha nos bolsos nem ressentimentos na alma, no final reflete que Raimundo e Curvelo foram os primeiros a lhe dar a noção de corrupção e delação.