Trabalho - Gilberto Freyre (Casa Grande e Senzala)
7- Introdução: Segundo Jessé Souza, ao longo de todas as suas obras, por mais contraditório e complexo que pudesse parecer, Gilberto Freyre teria sido o mesmo “pensador holista, que pensa a sociedade como um todo orgânico a partir de partes que se completam. Nesse tipo de concepção de sociedade , a hierarquia é o dado central e cada pessoa, grupo ou classe, tem o ‘seu lugar’. Igualdade política e econômica jamais foi o principio mais importante do sociólogo Gilberto Freyre. Ao inverso, sua atenção esteve sempre voltada a perceber formas de integração harmônica de contrários , interdependência e comunicação recíproca entre diferentes, sejam essas diferenças entre culturas , grupos , gêneros ou classes.” Publicada em 1933, a obra teve origem da intenção do autor em estudar as raízes do Brasileiro e do seu povo, buscando interpretar alguns dos aspectos mais significativos da nossa formação, tendo se tornado uma referência no assunto. Casa Grande e Senzala trata dos registros étnicos e raciais nacionais, além da formação pré-capitalista brasileira. A família patriarcal tem importante papel na obra, sendo o ponto de partida para o desenvolvimento da obra. O papel da Casa Grande na formação sociocultural brasileira e da Senzala, que seria um complemento da primeira, são objetos de destaque. Observa-se no decorrer da obra que Freyre busca mostrar a influência do escravo, índio e português na estruturação da população brasileira. A perspectiva do autor se diferencia da criada, por exemplo, por Oliveira Vianna, com uma concepção voltada para um melhoramento do "patrimônio genético dos grupos humanos", por meio de incentivos à imigração do europeu para o Brasil, enquanto Gilberto Freyre analisa esse processo de miscigenação que deu origem ao povo brasileiro que reconhecemos hoje e as suas implicações culturais.
8- A obra: Tanto o branco quanto o negro tiveram papéis fundamentais na formação da sociedade brasileira, e Freyre utiliza esse