trabalho geografia rural
O seminário e sua fundamentação tem como embasamento principal e enfoque a função do campo no cotidiano da sociedade, e os megaprojetos elaborados para o mesmo. Com o desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, e seus desdobramentos para dentro do campo, muitos projetos foram traçados para o domínio do mesmo, assim como as ideologias de dominação envolvidas nestes processos. Podemos considerar que alguns aspectos desta dominação tem um papel mais relevante que outros, porém, todos tem sua funcionalidade para estabelecer os planos de concretização deste domínio. Vide por exemplo, o modelo de produção agrocapitalista adotado neste período que é recorrente a Revolução Verde, que visa a concentração de terras, monoculturas, exploração do trabalho rural entre outras características primordiais deste modelo. Que encontra partida, podemos fazer o contraponto com a agroecologia e sua variabilidade, sua base cultural diversificada, que pode garantir nossa segurança alimentar atualmente fragilizada. Como antes nunca vimos uma intervenção tão grande do capital financeiro no campo, o que tem agravado ainda mais os quadros de desigualdades sociais e suas mazelas. O que contribui ainda mais com o processo de êxodo rural e favelização das cidades. O avanço tecnológico é outra marca presente neste cenário rural, onde cultivares agrícolas são transformadas em organismos geneticamente modificados (OGM's). Aliás, a engenharia genética é o carro forte desta ofensiva ao campo, que toma um carácter excludente. Os conflitos agrários se intensificaram, de tal maneira ao ponto em que vivenciamos a implantação da Usina Binacional de Itaipu, ou ainda Eldorado dos Carajás. Estes episódios emblemáticos, só nos mostram como as ideologias de extração máxima de lucro dos bens naturais são aplicadas a qualquer custo com a conivência do Estado.