TRABALHO FERROVIAS artigo
A nossa primeira ferrovia foi construída pela Imperial Companhia de estradas de ferro, fundada pelo Visconde de Mauá, ligando o Porto de Mauá, na Baía de Guanabara, a Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis e tinha uma extensão de 14,5 km. Logo depois, outras surgiram no Nordeste, Recôncavo Baiano e, principalmente, em São Paulo, para servir à economia cafeeira, então em fraco desenvolvimento (Estrela do Café).
As ferrovias brasileiras, em geral, eram construídas ou financiadas por capitais ingleses que visavam somente à satisfação de seus interesses comerciais, sem o mínimo de planejamento.
Entre 1870 e 1920, vivíamos uma verdadeira “Era das ferrovias”, sendo que o crescimento médio desta era dos 6.000 km por década. Após 1920, com o advento da era do automóvel, as ferrovias entraram numa fase de estagnação, não tendo se recuperado até os dias atuais.
O país possui hoje 30.000 km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3,1 metros por km²; é bem pequena em relação aos EUA (150m/km²) e Argentina (15m/km²). Apenas 2.450 km são eletrificados. As ferrovias apresentam-se mal distribuídas e mal situadas, estando 52% localizadas na Região Sudeste. Enquanto a Região Sudeste concentra mais da metade das ferrovias do país, as Regiões Norte e Centro-oeste, juntas, concentram apenas 8%.
A extensão brasileira é pequena, se levarmos em conta a área do território nacional. O transporte ferroviário é o ideal para o transporte de mercadorias pesadas e que necessitam percorrer longas distâncias. Seus maiores problemas são a dificuldade de percorrer áreas com declives e aclives acentuados e a necessidade de reembarcar a mercadoria em caminhões para entregá-las na porta do consumidor, pois os trens não têm a possibilidade de sair de seus trajetos.
As ferrovias seriam o meio de transporte ideal para ser utilizado no Brasil, pois no país existem a predominância de terrenos baixos e relativamente planos e as