ecologia
Por Peter Drucker
Além da Revolução da
Informação
HSM Management/
Ano 4 /Número 18/
Janeiro- Fevereiro
2000
O impacto da Revolução da Informação está apenas começando. Mas a força motriz desse impacto não é a informática, a inteligência artificial, o efeito dos computadores sobre a tomada de decisões ou a elaboração de políticas ou de estratégias. É algo que praticamente ninguém previu nem mesmo se falava há 10 ou 15 anos: o comércio eletrônico
–o aparecimento explosivo da Internet como um canal importante, talvez principal, de distribuição mundial de produtos, serviços e, surpreendentemente, de empregos de nível gerencial. Essa nova realidade está modificando profundamente economias, mercados e estruturas setoriais; os produtos e serviços e seu fluxo; a segmentação, os valores e o comportamento dos consumidores; o mercado de trabalho.
O impacto, porém, pode ser ainda maior nas sociedades e nas políticas empresariais e, acima de tudo, na maneira como encaramos o mundo e nós mesmos dentro dele.
Setores novos e inesperados sem dúvida surgirão, e rapidamente. Alguns já chegaram para ficar: a biotecnologia e a criação de peixes. Dentro dos próximos 50 anos a aquicultura pode nos transformar de caçadores e coletores nos mares em pastores marítimos –do mesmo modo que uma inovação semelhante transformou, há uns 10 mil anos, nossos ancestrais de caçadores e coletores em pastores e agricultores.
É provável que outras novas tecnologias apareçam, criando novos e importantes setores.
Quais? É impossível adivinhar. Mas é muito provável –na verdade, quase certo– que elas vão aparecer, e logo. É quase certo também que poucas delas nascerão da área da tecnologia de computadores e informação. Como a biotecnologia e a aquicultura, cada uma emergirá de sua tecnologia singular e inesperada.
Logicamente, trata-se apenas de previsões. Contudo, elas são feitas segundo a premissa de que a Revolução da Informação evoluirá como as várias