Trabalho escravo e o envolvimento da marca Zara
— Houve desvio dos pedidos da Zara. (...) E o lucro não é nem nunca foi repassado à Zara — disse Braga, que assumiu a presidência da Zara no Brasil justamente com a missão de melhorar a imagem da empresa depois das denúncias.
A sessão teve momentos mais acalorados de debate. Um dos pontos altos ocorreu quando o deputado estadual Carlos Bezerra (PSDB), presidente da CPI, disse que a Zara tem o objetivo de “desmantelar a lista suja” do Ministério do Trabalho, que inclui o nome de todas as companhias que têm relação com trabalho escravo. Depois de duas liminares na Justiça, a última há duas semanas, a empresa conseguiu não ser incluída na lista.
— Retire seu exército de advogados, com as várias ações judiciais, que querem desmantelar a lista suja — afirmou o deputado.
Braga rebateu dizendo que a empresa “tem o direito de se defender” e, em afirmações repetitivas, frisou que o trabalho escravo foi encontrado em empresas terceirizadas dos fornecedores da Zara.
Os deputados de São Paulo afirmam que, ao final da CPI, terão um relatório com denúncias contra várias empresas e também sugestões e proposições para a solução do problema, diferentemente do que ocorreu com a CPI do Trabalho Escravo da Câmara Federal, que foi