trabalho do congo
No mundo inteiro, milhares de mulheres sofrem violência sexual todos os anos. Aproveitando o Dia Internacional da Mulher (8 de março), duas congolesas falam sobre as dificuldades e a força que fez com que elas seguissem em frente.
Kivu do Norte, Congo. Uma vítima da violência sexual conversa com uma assistente psicossocial.
©CICV/ P Yazdi
Vumilia é aconselhada em uma maison d écoute.
©CICV/ P Nepa
Kivu do Norte, Congo. A prótese de Clémentine é checada no centro de reabilitação física Heri Kwetu.
©CICV/ P Nepa Quem vê Vumilia sorrir não imagina o que essa jovem de 19 anos já passou. " Eu tinha tido um bom dia na escola e estava voltando para casa quando dois homens me agarraram e me violentaram. Lutei e gritei, mas ninguém me ajudou. Desse momento em diante, minha vida se transformou em um pesadelo " .
Quando Vumilia buscou apoio em sua família, teve outro choque. A aldeia dela havia sido atacada e seus pais tinham fugido. A garota tinha apenas 14 anos na época. Com a vida marcada, a adolescente não tinha a quem recorrer. Ela ficou na casa de um tio e, durante meses, não contou nada sobre o estupro. Antoinette é assistente psicossocial em uma maison d'écoute (um centro de aconselhamento para vítimas de estupro, uma verdadeira " ouvidoria " ) na região de Kivu do Norte e do Sul. Ela se lembra bem do olhar perdido e cansado no rosto de Vumilia quando ela apareceu no centro.
" A garota estava triste e se sentia derrotada, não queria falar com ninguém sobre o que havia acontecido. Ela tinha vergonha de falar do sofrimento e dos problemas dela. A brutalidade dos homens, a tortura que eles praticam, deixa as vítimas de estupro marcadas por seu sofrimento inconfesso. " Confrontar o estigma e a dor Esse sofrimento continuou guardado com Vumilia durante meses, junto com o fardo da vergonha e