Trabalho de psicologia
Os indivíduos reagem de forma diferente às dificuldades das situações de trabalho e chegam a este trabalho com a sua história de vida pessoal. Os problemas, neste contexto, nascem de relações conflituosas. De um lado, encontra-se a pessoa e sua necessidade de prazer; e do outro, a organização, que tende à instituição de um automatismo e à adaptação do trabalhador a um determinado modelo.
A sistematização dos conceitos acima apresentados têm origem na psicopatologia, especificamente na Psicanálise, tendo sido discutidos por Freud nos seus estudos de 1930 no texto "Mal estar da civilização", o que de certa forma dá consistência à proposta da disciplina, denominada pelo próprio Dejours desde 1990 de psicodinâmica do trabalho.
Para Freud, a atividade do homem caminha em duas direções: busca de ausência de sofrimento e desprazer, e de experiência intensa de prazer.
O prazer está relacionado à satisfação de necessidades representadas em alto grau pelo sujeito, tornando-se desta forma, uma manifestação episódica, tendo em vista as contrariedades impostas pela civilização. A esse conceito, acrescenta-se a afirmação de Dejours in Betiol (1994), de que o prazer do trabalhador resulta da descarga de energia psíquica que a tarefa autoriza.
Por outro lado o sofrimento é caracterizado por sensações desagradáveis provenientes da não satisfação de necessidades. Estas são de origem inconsciente e estão relacionadas aos desejos mais profundos dos sujeitos, revelados muitas vezes ao consciente em forma de projetos e expectativas de vida.
Freud nos seus escritos de 30, considera que o sofrimento ameaça o sujeito em três direções: a do próprio corpo, do mundo