A Estrutura Das Revolu Es Cient Ficas

A Estrutura das Revoluções Científicas

Thomas S. Kuhn nasceu em Cincinnati em 18 de julho de 1922 e morreu de câncer em Cambridge, Estados Unidos em 17 de junho de 1996. Fez pós-graduação em Física teórica, período durante o qual passou a interessar-se por História da Ciência e Filosofia.
Para Kuhn a definição de ciência tradicional não se ajustava ao modo pelo qual a ciência real nasce e se desenvolve ao da história. Essa percepção o conduziu, finalmente, à filosofia da ciência.
Sua principal obra A Estrutura das Revoluções Científicas foi publicada inicialmente como monografia na International Encyclopedia of Unified Science e, em seguida, como livro pela editora da Universidade de Chicago em 1962, em plena Guerra Fria que deformava o trabalho científico e prejudicava o funcionamento da comunidade científica internacional. Neste ensaio, como o próprio autor define o trabalho, Kuhn faz uma análise sobre a história da ciência, onde demonstra que a ciência é obra da humanidade e, desta forma, também trata-se de obra da sociedade e da história. Esta publicação viria a tornar-se um marco nos rumos da filosofia da ciência.

Em A Estrutura das Revoluções Científicas, Kuhn argumenta que o desenvolvimento da ciência consiste em na complexa relação entre teorias, dados e paradigmas em períodos de acumulação gradativa de conhecimento pela comunidade científica, denominados por ele de ciência normal, e estes períodos são intercalados por períodos da chamada anomalia/ciência extraordinária, quando os paradigmas científicos são questionados e revistos através das revoluções científicas.

Período pré-paradigmático
O período pré-paradigmático consiste no período anterior a consolidação de uma ciência, onde grupos começam a estudar fenômenos e obter conclusões aleatórias. Neste período não existe consenso de qual forma seria a mais adequada ou a ideal para observar determinado fenômeno, qual a melhor forma de explicá-lo, quais as regras, princípios teóricos, métodos,