relatório do som direto do experimento de cinema e performance
A proposta do exercício era tentar, de alguma forma, unir a improvisação da performance com a técnica cinematográfica de captação. Divulgamos às pessoas que iriam performar que o experimento ia acontecer em três dias de filmagem. Um formulário foi preenchido por todas as pessoas que participariam do processo, nele haviam informações básicas sobre o que seria a performance, mas em nem todos os casos nós sabíamos exatamente o que iria ocorrer. Esse processo foi interessante porque não dava para enquadrar o filme na categoria de ficção, documentário, video clipe, etc. O processo de captação foi parte das performances enquanto as performances também tinham algo de cinematográfico.
Dadas as peculiaridades desse processo de captação, sabíamos que teríamos que pensar em uma técnica de captação nos minutos antes das performances começarem. Já tínhamos combinado com todas as pessoas que participariam do processo que não poderiam haver falas durante as performances, porque falas pressupõem uma decupagem prévia, o que não seria possível nesse filme. Como o objetivo da captação no experimento não era o que geralmente se espera do som direto: clareza no entendimento das falas, captação das especifidades de cada voz, etc; mas sim a captação dos ruídos de corpo durante as performances, tivemos dificuldades com microfone que usávamos (sennheiser 8060), pois ele tem uma direcionalidade muito marcada, então oscilávamos o eixo pelo corpo das pessoas conforme a movimentação. Em alguns momentos estávamos perto da boca para captar respiração, perto dos braços, pernas, etc.
Preparamos dois ambientes no estúdio, um mais claro outro mais escuro com uma passagem no meio. Usamos os trilhos para mover a câmera de um quadro para o outro. Eu dividi a captação do som direto com a Amanda e o Anders, pricipalmente, na maior parte dos takes eu fiquei como boomer. Deixamos uma três tabelas entre os dois cenários onde ficávamos em cima