Variações em gênero através das culturas Nos estudos de gênero, o termo gênero é usado para se referir às construções sociais e culturais de masculinidades e feminilidades. Neste contexto, gênero explicitamente exclui referências para as diferenças biológicas e foca nas diferenças culturais. Os estudos de gênero se iniciaram na década de 1960, na Europa e nos Estados Unidos, em que outros grupos sociais, como os negros e homossexuais, também se organizavam para se reivindicar o direito à diferença. Nesses movimentos, embora as mulheres militassem da mesma forma que os homens, seu papel era considerado secundário, com os homens nas funções de comando dentro da militância, o que levou à problematização das questões de gênero nesse contexto. Em algumas sociedades, a divisão do trabalhado por gênero é uma das maneiras-chaves sobre as quais a atividade econômica está organizada. Em outras, a divisão do trabalho por gênero é encontrada primariamente na esfera doméstica. Os estudos transculturais nos mostram então universais sobre o gênero: gênero não é idêntico a sexo e gênero fornece a base para a divisão sexual do trabalho em todas as sociedades. Muitas sociedades possuem apenas dois papéis de gênero—masculino ou feminino--- estes correspondem ao sexo biológico. Entretanto, algumas sociedades explicitamente incorporam as pessoas que adotam o papel de gênero oposto ao sexo biológico, por exemplo em algumas sociedades indígenas norte-americanos. Outras sociedades incluem papéis bem desenvolvidos que são explicitamente considerados distintos dos arquétipos masculinos e femininos. Na linguagem da sociologia de gênero há a inclusão de um terceiro-gênero, um tanto distintos de sexo biológico (algumas vezes a base para os papeis de gênero incluem a intersexualidade ou incorpora eunucos). Um exemplo é o papel de gênero adotado pelos Hijras da Índia e Paquistão. Essas diferenças são verificadas em todas as sociedades, e que, por isso,