trabalho de petroleo
Produção em 2020 deverá atingir mais de 1,8 milhão de barris/dia
Flávia Gouveia/Conhecimento & Inovação/Labjor/SP/DICYT - Desde o anúncio da existência de reservas de petróleo e gás na faixa do subsolo oceânico brasileiro que antecede a densa camada de sal – o chamado pré-sal – muito se tem noticiado sobre o tema: regulamentações, sistemas de exploração e produção, privilégios, concorrência, investimentos e retornos. Mas para entender as discussões é preciso também conhecer os aspectos científicos e tecnológicos e seus desdobramentos. A descoberta do “ouro negro” na bacia sedimentar de Santos (RJ e SP) e no Parque das Baleias (ES – pertencente à Bacia de Campos) data de 2006 e tem desviado as atenções do mundo, então focadas na produção da cana-de-açúcar para fabricação de etanol, no contexto de crise energética e preocupações ambientais. O petróleo encontrado situa-se numa área de 800 quilômetros de extensão entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, em profundidades que ultrapassam os 7 mil metros em relação ao nível do mar, o que exige um domínio tecnológico nada trivial para que seja extraído e bem aproveitado. As reservas do pré-sal ainda não foram totalmente identificadas e mensuradas. Apenas os volumes de produção potencial nas áreas de Tupi, Iara, Guará e Parque das Baleias foram anunciados (ver mapa), o que já representa mais que o dobro da produção originada pelas demais reservas já conhecidas no país. Os volumes totais previstos vão de 10,6 a 16 bilhões de barris de óleo equivalente (boe - que inclui petróleo e gás) recuperáveis, assim distribuídos: 5 a 8 bilhões de boe em Tupi; 3 a 4 bilhões de boe em Iara; 1,1 a 2 bilhões de boe em Guará e 1,5 a 2 bilhões de boe no Parque das Baleias (que inclui Jubarte, Baleia Branca e Baleia Azul). A Petrobras prevê que esses campos produzirão mais de 1,8 milhão de barris por dia em 2020. Somando-se o restante da produção brasileira,