trabalho de educação
O que nos alimenta? Comida é arte ou necessidade? O que é comida? Qual a sua história? Ela está na mesa, na cozinha de quem? O que é fome e quem tem fome? Comida é poder? Quem são as pessoas envolvidas em sua produção? Por que há quem a desperdice e, por outro lado, tantos necessitados? O que determina tamanha diversidade no consumo, nos hábitos, na compreensão do que seja qualidade? Como nosso bem-estar e nossa saúde estão subordinados a ela?
No dicionário Aurélio, a palavra comida significa o que se come, o que é próprio para se comer, alimento, refeição. Para uns, uma prática sagrada, um ritual cotidiano com lugar certo e hora marcada; para outros, um instrumento político que regula a produção e o consumo. Porém, o que mais nos chama atenção são seus desdobramentos sociais: o que é a política da fome no espaço e no tempo? O que é a fome crônica, epidêmica ou endêmica?
Como algo cultural, é mediada pelas fronteiras dos costumes e tradições étnicas. Vatapá, feijoada, churrasco, macarronada, tapioca, caldeirada, sushi, sashimi, tacacá e tucupi dão o tom dos limites territoriais e das heranças indígena, africana, europeia e de outros povos imigrantes que tanto contribuíram para a formação do nosso povo e da nossa cultura. Mas hábitos alimentares também determinam status, modas e orientações estéticas que sobrevalorizam o ser ou o não ser, o ter ou o não ter, o fazer ou o não fazer na vida em sociedade.
A alimentação passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento humano. Quanto ela se transformou da vida do nômade caçador e coletor à do homem sedentário? Quando se descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais? Que mudanças ocorreram em nossos hábitos alimentares cotidianos, civilizatórios? Receitas, ingredientes e modos de preparo guardam uma história coletiva, mas também individual para se contar. Quem não guarda na memória um sabor da infância?
Nossos antepassados enfrentaram dificuldades para