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NOVA TÉCNICA APRIMORA CIRURGIA PARA PARKINSON
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Microrregistro cerebral identifica com precisão as células que estão doentes. Hospital Brigadeiro é o primeiro do país a oferecer o procedimento como rotina; custos são cobertos pelo Sistema Único de Saúde.
O Hospital Estadual Brigadeiro, em São Paulo, é o primeiro do país a oferecer como procedimento de rotina a técnica de microrregistro cerebral para pacientes que têm a doença de Parkinson e terão de passar por cirurgia. O procedimento, que custa cerca de US$ 35 mil, é pago com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). A metodologia, que chegou ao Brasil há menos de quatro meses, também está sendo testada em pacientes do Hospital São Paulo, vinculado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), e do Hospital Israelita Albert Einstein. A técnica utiliza um microeletrodo cerca de cem vezes mais fino do que um fio de cabelo para localizar com precisão as células cerebrais (neurônios) doentes e com atividade anormal antes de ser feita a cirurgia. São essas células que provocam os tremores. Dessa maneira, explicam os neurocirurgiões ouvidos pela Folha, é possível identificar a área exata que vai ser lesionada ou que receberá o implante de um eletrodo, o que amplia em até 50% as chances de sucesso da cirurgia de Parkinson.
"Antes de existir o microrregistro cerebral, os médicos faziam a lesão ou o implante de eletrodo baseados apenas nos resultados dos exames de ressonância magnética [diagnóstico anatômico]. Agora, com o aparelho de microrregistro, o médico é capaz de identificar as células doentes isoladamente, garantindo a precisão", disse o neurocirurgião Arthur Cukiert, do hospital Brigadeiro. De acordo com Cukiert, desde setembro, sete pacientes passaram pelo procedimento antes