cultura e trabalho
ASSUNTO C : CULTURA E TRABALHO
Texto organizado por:
Gabriela Ribeiro Peixoto Rezende Pinto grezende@uefs.br Maria da Conceição Cedros Vilas Boas de Oliveira cedrovilas@hotmail.com Maria Lídia Mattos mlidiamattos@yahoo.com.br Maria do Rosário Santana mp-santana@uol.com.br
Rosana Fernandes Falcão rosanamfs@oi.com.br Alunas da Disciplina EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação – UFBA – 2005.2
Representação didática para um Módulo sobre IDENTIDADE CULTURAL DOS AFRO-DESCENDENTES, integrante de uma plataforma experimental de EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, dirigida a Professores do Segundo Grau.
1. CULTURA E TRABALHO
No Brasil, como um dos efeitos da escravidão, o trabalho manual recebe uma histórica desqualificação. Em certas partes do país é tratado com “coisa de negro” e ouve-se a expressão “trabalhar como um negro”, ainda que não somente os africanos tenham sido escravizados. Por conseqüência, procede-se a uma desqualificação dos trabalhos subalternos, sobretudo aqueles exercidos em sua maior parte por negros e negras.
A população africana e negra (nascida em território brasileiro) deve ser vista para além da mão de obra compulsória que trabalhou nos canaviais, na mineração, nas plantações de algodão, arroz ou café e no serviço doméstico. Na relação entre campo e cidade, quilombolas, escravizados (as) e libertos (as) forjaram formas de cultura próprias ou recriadas de sua bagagem cultural.
É necessário destacar a reconhecida habilidade dos africanos ocidentais com a mineração que aqui foram genericamente denominados de “negro mina” e marcaram profundamente a composição sociocultural de uma parte do país. Da Amazônia aos Pampas, práticas culturais afro-brasileiras foram se constituindo em meio ao trabalho compulsório. Aqueles(as) que trabalharam no serviço doméstico, como amos e mucamas, participaram da formação do