Trabalho com material concreto na matemática
O trabalho com materiais manipuláveis, segundo Adair Mendes Nacarato, em considerações apresentadas em seu texto: “Eu trabalho primeiro no concreto”, passou por diferentes momentos e enfoques nas salas de aula, suscitando assim reflexões de grande importância para a formação de professores. Estabelecendo um paralelo com os próximos eixos a serem aboradados nos encontros do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa, é possível considerar importantes aspectos citados por Nacarato em sua analise sobre teoria e prática referentes ao ensino da Matemática.
No trabalho com o eixo Números e Operações, que tem como objetivo a compreensão desse sistema pelo viés da abordagem de Números, pela utilização de jogos e atividades que propiciem a ampliação do campo numérico, considerando números naturais e decimais (que servirão de base para o trabalho com o eixo Grandezas e Medidas); é importante propor as professoras reflitam aspectos fundamentais, tais como apontados por Nacarato, de que os materiais concretos não podem ser utilizados somente para introdução de noções que precedem o nível abstrato do conceito trabalhado. É necessário que percebam que as atividades e jogos propostos, possibilitem aos estudantes passar gradativamente do pensamento concreto para a construção dos conceitos.
Quanto aos procedimentos operatórios considerando-se os aspectos conceitual e procedimental, tendo-se em vista a importância de suas relações com as situações problema. Cabe considerar o questionamento de Nacarto sobre o uso materiais manipuláveis, se faciltadores ou complicadores do ensino; quando destaca, por exemplo, o uso do material dourado e os equívicos percebidos na prática de professores quando solicitam aos estudantes a utilização de desenhos do material dourado para representar quantidades. A autora cita ainda Serrazina (1990) que relata um episódio comum na prática dos professores, que é o uso do material dourado para que se