Trabalho capitães de areia e a realidade social
O livro Capitães da Areia é um romance escrito por Jorge Amado, que retrata a vida de um grupo de menores infratores no Estado da Bahia. Esses meninos vivem em um trapiche (armazém) abandonado em uma praia de Salvador, localizado na Cidade Baixa, parte da capital baiana onde fica a zona portuária. Abaixo vejamos como no livro o próprio autor descreve alguns dos personagens:
Pedro Bala, “(...) o chefe dos Capitães da Areia: Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, e desde os seus 5 anos. Hoje tem 15 anos.” (p.15)
Volta Seca,” O cabelo de mulato sertanejo estava rêvolto. Calçava alpercatas como quando viera da caatinga. O seu rosto sombrio se projetou dentro do casarão.” (p.31). Sonhava ser cangaceiro assim como seu padrinho Lampião.
Professor (João José), “ João José era o único que lia corretamente entre eles e, no entanto, só estivera na escola ano e meio. Mas o treino diário da leitura despertara completamente sua imaginação e talvez fosse o único que tivesse uma certa consciência do heróico das suas vidas. Aquele saber, aquela vocação para contar histórias, fizera-o respeitado entre os Capitães da Areia, se bem fosse franzino, magro e triste, o cabelo moreno caindo sobre os olhos apertados de míope.” (p. 18)
Gato, “É o elegante do grupo. Quando chegou, alvo e rosado, Boa vida tentou conquistá-lo.” (p. 24).
Boa-Vida, “(...) mulato troncudo e feio (...)”(p. 24)
Sem-Pernas, “ Era o espião do grupo, aquele que sabia se meter na casa de uma famíla uma semana, passando por um bom menino perdido dos pais na imensidão agressiva da cidade. Coxo, o defeito físico valera-lhe o apelido.” (p. 19).
João Grande, “ (...) É alto, o mais alto do bando, e o mais forte também, negro de carapinha baixa e músculos retesados, embora tenha apenas treze anos, dos quais quatro passados na mais absoluta liberdade, correndo nas ruas da Bahia com os Capitães da Areia. Desde aquela tarde em que seu pai, um carroceiro foi pegado por um caminhão (...)