Trabalhadores
Começa-se por um enquadramento estatístico, identificando a evolução destes empregos na União
Europeia e em Portugal e analisando comparativamente os riscos de pobreza respectivos com os riscos de pobreza da população total e os riscos de pobreza do emprego total. Esta análise mostra que ultimamente têm aumentado os tipos de emprego que apresentam riscos mais elevados de pobreza no trabalho, sugerindo isto que o emprego nem sempre tem sido uma salvaguarda da pobreza.
Será este um problema de origem social? Haverá aqui espaço de intervenção adicional para a economia social? Será antes um problema de origem económica?
Partindo de uma resposta claramente positiva à última pergunta, coloca-se a questão de fundo no modelo económico actual e em particular nas políticas de emprego delineadas a partir da Estratégia
Europeia para o Emprego. Depois de uma apresentação desta estratégia, síntese dos documentos oficiais, identificam-se os seus limites e ambiguidades. Esta abordagem é colocada em dois níveis: a concepção económica da própria estratégia e o seu enquadramento na política económica da UE. Na sequência disto, apontam-se alguns paradoxos entre os objectivos definidos na estratégia e os resultados alcançados em matéria de qualidade de emprego e de inclusão do mercado de trabalho.
Os novos empregos (o trabalho temporário, trabalho a tempo parcial não voluntário, o auto-emprego sem trabalhadores ao serviço) e a situação de pobreza respectiva são os temas principais de análise.
Começa-se por um enquadramento estatístico, identificando a evolução destes empregos na União
Europeia e em Portugal e analisando comparativamente os riscos de pobreza respectivos com os riscos de pobreza da população total e os riscos de pobreza do emprego total. Esta