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De acordo com o documento publicado na quinta-feira (7), 48% das 12,5 milhões de crianças da região que trabalham estão na agricultura familiar ou de subsistência. Essa porcentagem varia de 61,5% na região andina, 42,7% na América Central e 38,4% no Cone Sul.
“A única solução real para evitar que as crianças trabalhem é avançar na erradicação da pobreza, da insegurança alimentar e da exclusão social”, explicou o representante regional da FAO, Raúl Benitez, que destacou que “em curto prazo existem medidas legais, de educação e sensibilização que os governos podem implantar para garantir que as crianças permaneçam nas escolas e não se exponham aos riscos do trabalho”.
Segundo o “Estudo sobre trabalho infantil para a América Latina e o Caribe, 2008-2011”, a agricultura é o setor em que as crianças mais trabalham, seguido pelo comércio (24%) e pelo de serviços (10,4%).
No campo, o trabalho infantil está mais presente nos cultivos de café, cacau, açúcar, soja, frutas e hortaliças. A pesquisa também afirma que esse problema ocorre devido à falta de oportunidades, pobreza, difícil acesso à educação de qualidade e a necessidade de gerar recursos para a sobrevivência da família.
A diretora regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco, reforçou que “a persistência do trabalho infantil agrícola revela que foram registrados poucos avanços no meio rural” e acrescentou que é importante “desenvolver estratégias especialmente planejadas para enfrentar a situação das crianças no campo, incluindo a geração de oportunidades de trabalho decente para seus pais”.
Por isso, o relatório assinala que os governos da América