Toyotismo
O seguimento das obras industriais foi um dos que mais sofreram os efeitos da crise financeiradesencadeada a partir do segundo semestre de 2008. Indústrias do porte da VALE, EBX, Aracruz Celulose, Grupo Votorantin, Toyota, entre outras, simplesmente decidiram postergar ou cancelar a construção de novas unidades. Os efeitos dessa paralisação de investimentos sobre as empresas especializadas em fornecimentos de equipamentos e construções industriais foram, em alguns casos, quase catastróficos.
Empresas de grande porte, com faturamento a partir de R$ 500 milhões por ano, bem estruturadas, buscaram redirecionar seu foco de atuação para segmentos da saúde, shoppings, alimentos, etc, conforme ilustra o artigo da jornalista Daniela D'Ambrósio, no Valor Econômico, do dia 04/03/2009, o "PAC é saída para queda nas obras industriais?". Mas, e as empresas de porte pequeno e médio, como sobreviveram os efeitos da crise? Quantas tiveram força técnica e administrativa para redirecionar seus negócios? Que oportunidades lhes foram proporcionadas, na medida em que elas não tinham experiência e nome nos novos mercados? Afinal, não se adquire experiência da noite para o dia. Precisa-se de tempo e de muito trabalho para esse redirecionamento.
Uma solução para essas empresas é elas se tornarem mais competitivas, reduzindo os seus custos.
O objetivo deste artigo é discutir a pertinência da aplicação de tecnologias de gestão no gerenciamento de obras, para a redução dos custos, especialmente no caso de empresasconstrutoras e de montagens industriais de pequeno e médio porte. Pelas limitações deste artigo, destacarei apenas algumas ferramentas do Sistema Toyota de Produção que podem ser aplicados na indústria de construção. O estudo completo encontra-se no trabalho de conclusão de curso que realizei na Especialização em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de Brasília, em 2009, com o título de "Como a Gestão de Projetos poderá