Toyotismo: origem, fundamentos e prática
Geraldo Augusto Pinto nasceu em 1975 na cidade de Descalvado (SP), é graduado em sociologia e ciência politica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e possui mestrado e doutorado em sociologia pela mesma instituição. Suas pesquisas tem ênfase na gestão do trabalho e processo de produção. Atualmente é professor da Unioeste, no campus de Foz de Iguaçu, Paraná.
Toyotismo: origem, fundamentos e prática
O sistema toyotista surgiu no Japão em um cenário pós-Segunda Guerra Mundial, onde se encontrava uma economia lenta em recuperação, que tinha necessidade de produzir pequenas quantidades de diversos tipos de produtos, adaptando-se bem as condições do mercado. Seu criador foi Taiichi Ohno, engenheiro industrial da Toyota.
Elementos fundamentais: -Autonomação: mecanismo de parada automática caso detectado algum defeito no processo de fabricação, visando o controle de qualidade. A autonomação permitiu que um trabalhador pudesse conduzir várias máquinas. Em 1949 houve uma crise financeira, resultando na demissão de 1.600 funcionários e na sequencia iniciou-se a Guerra da Coréia (1950-1953), aumentando às encomendas de diferentes produtos em pequenas séries, havendo necessidade de se aumentar a produção sem elevar o quadro de funcionários, pois estava sob o risco de multa caso não entregasse os pedidos no prazo. -Multifuncionalidade: ideia de que cada trabalhador entendesse e executasse diferentes atividades no processo de produção. -Celularização: Grupos de operários que podem alternar-se em seus postos de trabalho (células de produção), variando segundo o ritmo de demanda. Assim se juntavam as tarefas que antes eram subdivididas, aumentando a responsabilidade do operário na produção. Havia um líder em cada célula para assegurar a execução adequada das funções. Proporcionando a interação entre as células. Foi um processo de difícil adaptação para os trabalhadores, porém eles não tinham escolha, se sujeitavam a