Totem e Tabu Sigmund Freud
Totem e Tabu – Sigmund Freud
Freud, durante o seu texto, levanta diversos apontamentos e estudos acerca de totens e tabus que de uma forma ou outra relacionam-se com questões acerca da moralidade, leis, proibições e a ideia do sagrado. Diante de suas análises e observações, podemos inferir que essas ideias e comportamentos não eram literalmente impostos, pois o que existe é uma construção social coletiva, tendo em vista que não se cria uma proibição ou tabu de algo que nunca existiu.
Para o escritor, o ser humano é composto por uma certa ambivalência capaz de assimilar em uma mesma moeda a face do medo e a da proteção, ou do desejo e da lei. Em outras palavras, o indivíduo segue reprimindo os seus instintos tais como matar e cometer o incesto, atitudes essas proibidas em diversas tribos totêmicas. Pois caso o desejo não existisse, qual seria a razão da proibição?
Ao iniciar a obra, Freud logo esclarece o que seria o totemismo, derivado da palavra totem, afirmando que o mesmo está relacionado ao sagrado e mantém uma relação muito próxima com todo o clã. Já no primeiro ensaio, o autor revela que uma das coisas que mais lhe chamou atenção foi em relação ao incesto, já que em quase todos os lugares em que encontrou totens, ali também estava as diversas proibições e severas punições ao seu respeito. Destacando que a ideia de obrigatoriedade parecia inerente a todos, pois estavam convencidos de que qualquer transgressão as regras seria razão para um castigo maior. Quanto aos tabus, Freud afirma que são “uma proibição primeva forçadamente imposta (por alguma autoridade) de fora, e dirigida contra os anseios mais poderosos a que estão sujeitos os seres humanos”, então, ele parece estar no inconsciente de cada indivíduo, dizendo respeito muitas vezes a uma forma de garantir que a ideia sagrada do totem seja mantida, mesmo que por meio de tabus (proibições).
Posteriormente, ele exemplifica suas teorias por meio de casos de totemismo presentes em algumas