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O interesse pelo tema surgiu a partir do estudo de campo realizado no CERSAM – Teresópolis, uma unidade da rede de saúde mental da Prefeitura Municipal de Betim, uma atividade proposta na disciplina de Nosologia das Doenças Mentais. Fomos convidados a conhecer a rede de atendimento à Saúde Mental, com a finalidade de vivenciarmos os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula.
O encontro com a “loucura” gerou interesse pelos enigmas envolvidos no discurso do paciente, sobretudo no que se refere ao conteúdo religioso dos delírios, encontrado com freqüência na fala do sujeito psicótico.
Este estudo surgiu, portanto, como tentativa de responder à questão: qual a relação existente entre o delírio religioso e a função paterna? Para tanto, foi utilizado como recurso metodológico a pesquisa bibliográfica.
A abordagem teórica escolhida foi a teoria psicanalítica. Além dos autores clássicos, Freud e Lacan, foram consultados alguns autores contemporâneos.
Para a discussão do tema a monografia foi organizada em três capítulos.
O primeiro capítulo apresenta um caso clássico de paranóia, estudado por Freud (1911), o caso do Presidente Schreber, fazendo uma breve análise do seu delírio a partir dos conceitos de Freud sobre a psicose.
Iniciamos o capítulo fazendo uma diferenciação entre a neurose e a psicose, como ponto de partida para a análise do caso Schreber. Destacamos a função do delírio, descrita por Freud (1911) como uma tentativa de reparação da realidade.
Em seguida, utilizamos uma apresentação resumida do caso Schreber descrita por Freud (1911) em seu texto o “Caso Schreber”, seguida de uma análise sobre pontos destacados no delírio de Schreber.
Finalizamos o capítulo apresentando aspectos relacionados à religião que se encontram presentes nos delírios de Schreber, fazendo uma relação entre a teoria freudiana do delírio, com a busca do substituto paterno.
O segundo capítulo aborda a origem da religião proposta por Freud e a relação