Torção de seções não-circulares
TORÇÃO DE SEÇÕES NÃO-CIRCULARES
O comportamento das seções não-circulares quando submetidos à torção é muito diferente das seções circulares, conforme já visto anteriormente. Há uma grande variedade de formas de seção transversal que podem ser desenvolvidas e a análise da rigidez e da resistência de cada uma delas é diferente.
Algumas generalizações podem ser feitas: seções sólidas ou maciças com mesmas áreas transversais são mais rígidas quando suas formas mais se aproximam de um círculo. Assim, por exemplo, comparando três seções transversais: uma seção
quadrada, uma retangular e uma hexagonal, todas de mesma área e submetidas à torção, a seção hexagonal é mais rígida do que a quadrada, e esta por sua vez mais rígida que a retangular.
Por outro lado, uma barra de seção transversal com longas e finas seções não constituindo uma forma tubular fechada, estas são muito pouco resistentes e flexíveis quando submetida à torção. Exemplos de seções flexíveis são os perfis estruturais comuns, como perfis de abas largas, perfil “I”, perfil “C”, cantoneiras e perfis “T””, como mostrado a seguir na Fig. 01. Já os tubos e barras sólidas estruturais e tubos retangulares, tem alta rigidez ou resistência à torção, Fig. 02.
Fig. 01
Fig. 02
Uma interessante ilustração da falta de rigidez em seções abertas são as seções finas como mostrado na Fig. 03. Assim, a placa fina em (a) é dobrada formando uma cantoneira em (b), ou formando um perfil “C’ em (c), todos com a mesma
Prof. CELSO PINTO Morais Pereira
2 espessura e área de seção transversal, e todos têm praticamente a mesma rigidez à torção. Da mesma forma, se o placa fina tiver um formato circular, com mostrado em
(d), porém com uma fenda permanente, a sua rigidez permaneceria baixa.
Fig. 03
No entanto, como foi mostrado na Fig. 02, fechando o tubo por um cordão de solda ou sendo um tubo executado sem costura, produziria uma barra