Tortura e Direitos Humanos
Apesar da existência de acordos e tratados internacionais, os países insistem em violar, sistematicamente, as regras mundiais de Direitos Humanos. E o que mais assusta é que estas violações estão sendo legitimadas pelos governos e pelo povo.
Após os ataques terroristas de 11 de setembro, os EUA se lançaram em uma guerra contra o terror onde as regras de Direitos Humanos, aparentemente, não devem ser respeitadas.
Em 2008, o então presidente George W. Bush vetou uma lei aprovada pelo Congresso americano que impedia os agentes da CIA de utilizar técnicas de tortura em seus interrogatórios. Disse o presidente estadunidense em uma entrevista quando questionado pelo motivo de tal ato que "a lei tiraria uma das mais valiosas ferramentas na guerra contra o terror. Essa não é a hora para o Congresso abandonar práticas que se provaram eficientes na tarefa de manter a América segura”. Para ele, portanto a tortura é uma forma eficaz de proteger o seu país de ataques, e, por conseguinte, deve ser permitida.
Após os escândalos que revelaram as horrendas práticas de tortura utilizadas pelos soldados e agentes americanos nas prisões de Guantânamo em Cuba e Abu Ghrab no Iraque, os defensores dos Direitos Humanos do mundo todo foram surpreendidos pelas declarações de dois dos maiores juristas americanos da atualidade: o professor de Harvard, Alan Dershowitz e o ministro da Suprema Corte Americana, Antonin Scalia. Em uma entrevista, Dershowitz afirmou que concordava com a tortura em casos emergenciais de terrorismo, onde se poderia salvar muitas vidas com o uso de tortura para obter informações dos presos. Na mesma entrevista, afirmou que esta tortura deveria ser administrada por