tortura e direitos humanos na america latina
Tortura e Direitos Humanos na América Latina
Na América Latina, a tortura foi bastante praticada contra índios e negros durante o período colonial. No Brasil, tem-se que a tortura foi utilizada de forma indiscriminada contra os escravos, estando, deste modo, vinculada à questão da discriminação racial.
A partir de 1960, uma onda de regimes militares “direitistas” começou a dominar boa parte da América Latina. Na Argentina, os militares assumiram o poder com a tortura e mortes. No Brasil, as Forças Armadas tomaram o poder em 1964 e encontraram nas tentativas de guerrilhas e revolta uma desculpa para a repressão feita pelo regime militar. Também no Chile houve, em 1973, um golpe militar cujo governo durou quase 20 anos.
A exemplo destes países, os regimes militares da América Latina apresentaram, em maior ou menor grau, traços característicos dos regimes militares do séc. XX – execuções ou massacres, oficiais e para-oficiais, tortura sistemática de prisioneiros e o exílio em massa de adversários políticos – e configuram uma das mais graves situações de tortura. A tortura era então praticada nas salas de interrogatórios, nas dependências da polícia secreta, nas próprias delegacias de polícia, nas prisões e em outros estabelecimentos reconhecidos de forma oficial. Houve, ainda, inúmeros casos de pessoas que
“desapareciam” sem vestígios oficiais quando, na realidade, estas pessoas estavam sendo detidas e torturadas secretamente sem que sua detenção fosse ao menos reconhecida.
Mães eram separadas de seus filhos ao nascer sem ao menos poderem tocá-los, como aconteceu na Argentina, e os filhos eram mandados para a adoção.
Alguns países como a Argentina, Chile e Uruguai, depois do regime militar, já abriram os arquivos secretos ao publico, acharam corpos de desaparecidos e puniram os culpados. O Brasil, ainda é alvo de criticas devido à falta de impunidade, mas isso porque há uma serie de burocracia que