TO NA iNCLUSÃO
Analisando o trajeto histórico da educação, observa-se o problema da exclusão/inclusão escolar deu-se início desde a organização das primeiras experiências de educação formal, isto é, desde a sua criação, a instituição escolar nunca conseguiu atender a todos sem distinção.
Oficialmente, a história da educação especial no Brasil, começa ser escrita através do Decreto Imperial nº 1428 de 12 de Setembro de 1854, por meio do qual, foi fundado o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente, Instituto Benjamim Constant), localizado na então Capital Federal, Rio de Janeiro. Isto somente fora possível graças a intermediação do médico Dr. Xavier Sigand, cuja filha era cega, a pedido de José Álvares de Azevedo, também portador de deficiência visual total (MANTOAN, 2005).
A segunda página desta história constitui-se da fundação do INES-Instítuto Nacional de Educação de Surdos, instalado em 26 de Setembro de 1857, no Rio de Janeiro.
A importação do centro espírita “Cosmopolita” deu origem a diversos internatos dedicados à educação especial. Porém, tal fato deu-se muito mais em virtude de interesses políticos do que propriamente, pela necessidade real, ficando patente o paradoxo entre o modelo europeu, que visava à integração do portador de deficiência na sociedade e, para isso, preparava-o para enfrentar o mundo do trabalho e a realidade brasileira que, simplesmente, “fabricava depósitos” de deficientes (GLAT, 1995).
A história prossegue cedendo um capítulo “especial” à narrativa das ingerências e fracassos detectados no então Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Dificuldades decorrentes de problemas financeiros, disciplinares e de ordem moral, já revelados um ano após sua criação (MENDES, 2006).
Tudo isso provocara mudanças no regulamento da Instituição que segue buscando vencer os desafios impostos no dia a dia. Sem obter o desejado êxito, nove anos depois é assinado um novo regulamento para o instituto, objetivando