Titrimetria de complexação

8.4 TITRIMETRIA DE COMPLEXAÇÃO Muitas são as análises realizadas nos laboratórios de industriais sucroalcooleiras que utilizam a técnica da titrimetria de complexação. Obviamente que as mais conhecidas são as análises de cálcio, magnésio e a dureza em caldos, méis e águas. Esta parte do capítulo 7 está destinada às informações dos fundamentos teóricos desse tipo de titrimetria.

8.4.1 O Fundamento da técnica Assim como o fundamento da titrimetria de precipitação está voltado para

formação de compostos pouco solúveis, esta titrimetria de complexação se baseia na formação de complexos estáveis, formados por muitos íons metálicos. Diz a literatura que está é uma técnica barata e eficaz, mas foi somente a partir de 1954 quando foi introduzido o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) que ela ganhou confiabilidade e maior aceitação devido a esse reagente ter a propriedade de complexar vários íons, inclusive metais pesados e alcalinos terrosos. Além desse fato, esta técnica tem alcances de milimoles e pode ser seletiva a vários íons pela adição de agentes auxiliares de complexação e pelo controle do pH nas reações entre o titulante e titulado.

O fenômeno da complexação se baseia em uma atração eletrostática entre as cargas opostas de um íon e o agente quelante, que pode ser definido como qualquer estrutura que possua dois ou mais átomos com pares de elétrons livres, ou seja, que não participam das ligações do composto, mas que atuam como imãs para se prenderem a outros íons metálicos Vale lembrar que na formação do complexo não ocorre a transferência de elétrons, logo a estrutura final terá como carga elétrica o somatório das cargas individuais de cada participante do complexo formado. O agente quelante tido como padrão na titrimetria de complexação é o EDTA, embora a água e amônia também são compostos utilizados como quelantes na formação de complexos, justamente pelos elétrons livres existentes no oxigênio e nitrogênio desses compostos, respectivamente. No caso