O governo tem enorme influência no estabelecimento de vantagens competitivas, embora seu papel seja inevitavelmente parcial. Toda política governamental falhará se for a única fonte de vantagens competitivas. O governo, ao que parece, pode aumentá-las, mas falta-lhe o poder de criá-las. Entretanto, sua inépcia na condução das políticas tarifárias, cambiais e comerciais associadas ao excessivo controle burocrático podem limitar ou obscurecer as tentativas privadas de busca da competitividade. Nos últimos dez anos muito se tem discutido sobre a necessidade de uma fórmula adequada de criar e aumentar vantagens competitivas para o pólo industrial de Manaus capaz de gerar condições para o aumento das exportações. Essas discussões têm envolvido o governo do Estado do Amazonas, a SUFRAMA, as entidades de classe locais e as empresas, levando-se em conta que as soluções para os problemas logísticos na região são de interesse tanto do setor público quanto do setor privado. Os fatos mostram que tanto o governo quanto a iniciativa privada da região estão cumprindo seus papéis. Por parte do governo, a SUFRAMA e o Estado do Amazonas estão se empenhando em fazer acordos comerciais com outros países, criando rotas alternativas e investindo em infra-estrutura; e por parte da iniciativa privada, nota-se o surgimento de novos operadores logísticos e de grandes complexos portuários na orla fluvial de Manaus. Apesar de importantes, os esforços realizados ainda não são suficientes para sustentar o objetivo de ampliar as exportações dos produtos industrializados na região, pois há um consenso entre os empresários de que a logística e os custos de transporte constituem os maiores entraves às atividades ligadas ao comércio exterior. Assim, é preciso que tanto o governo quanto a iniciativa privada continuem se empenhado, pois disso depende o futuro do pólo industrial de Manaus.