tipologia
. O que pretendemos neste pequeno texto é apresentar algumas considerações sobre
Gênero textual e Tipologia textual, usando, para isso, as considera- ções feitas por Marcuschi (2002) e Travaglia (2007).
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero textual9
. O autor não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gê- neros – que possuem características específicas.
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. Para ele, o trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a apenas al-
7 Este estudo contribui com as investigações referentes às práticas de reflexão sobre a língua desenvolvidas pelos integrantes do Grupo de Estudos da Linguagem: análise, descrição e ensino
(UFG/CNPq) e do grupo de pesquisa Livro Didático de Língua Portuguesa – Produção,DEPARTAMENTO DE LETRAS
SOLETRAS, Ano X, Nº 20, jul./dez.2010. São Gonçalo: UERJ, 2010 65 guns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espé- cie de levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses