Tia sim, professora não! Isso mesmo
Contudo, entre tantas divergências, poucos sabem que o uso da expressão “tia” é dotado de uma significação que remonta a formação das instituições de ensino do século XIX. Segundo consta, a popularização dessa expressão aconteceu no período em que as primeiras séries pré-escolares foram finalmente criadas. Essa modalidade de ensino infantil se ampliou no Brasil a partir de 1895, quando escolas públicas de São Paulo começaram a disponibilizar este tipo de serviço.
No início do período republicano, a predominância da figura feminina para esse tipo de trabalho também contribuiu enormemente para que as “tias” ficassem tão associadas aos primeiros anos escolares. Deve-se levar em conta que o próprio governo fez questão de abrir várias escolas de magistério para ampliar a quantidade de pessoas preparadas para tal função. No caso das mulheres, a carreira profissional na educação poderia ser uma alternativa melhor se comparada a outros trabalhos menos valorizados.
Recentes pesquisas foram capazes de descobrir quem foi a primeira “tia” a trabalhar na função educativa no Brasil. Deslocando-nos até o século XVI, visualizamos uma rígida ordenação dos papéis sociais a serem previamente desempenhados por cada um dos sexos. Enquanto os homens mais bem sucedidos deveriam dominar a escrita e a leitura, as mulheres se preparavam para o matrimônio aprendendo diferentes habilidades de caráter doméstico.
Nesse contexto, a cristã-nova Branca Dias foi a primeira mulher a abrir uma “casa de