Tia Ciata
Trata-se da história do samba, Moura descreve com a riqueza de detalhes a vida das comunidades negras na virada do século passado, principalmente nos antigos bairros do centro da cidade. O imigrante vindo do mesmo modo como décadas, mais tarde São Cristóvão virou pólo atrativo dos Nordestinos. Os primeiros que conseguem uma situação na capital e um lugar para morar e cultuar os orixás, uma forma de trabalho, não deixar de ajudar a fornecer comida e moradia aos que vão chegando, o que permitiu um fluxo migratório regular bate a passagem do século com uma garantia forte de presença dos baianos no Rio de Janeiro.
Naquele momento com tradições comuns, concordando e um sentido familiar que vindo do religioso. A modernização da cidade e a situação de transição nacional fazem com que indivíduos levando-os a ir morar nos morros em volta. Hilária Batista de Almeida conhecida como Tia Ciata nasceu em Santo Amaro da Purificação em 1854 aos 22 anos levou o samba de roda para o Rio de Janeiro, foi a mais famosas das baianas, considerada por muitos como uma das figuras influentes para o surgimento do samba carioca. Foi iniciada no candomblé em Salvador, era filha de oxum, logo na chegada ao Rio de Janeiro conheceu Norberto da Rocha Guimarães e se envolveu com ele ficando grávida de sua primeira filha cujo nome Isabel e logo após veio a separar de Norberto, tendo que trabalhar de quituteira na Rua Sete de Setembro sempre paramentada com suas vestes, sendo na comida que ela expressava suas convicções religiosas, ou seja a sua fé no candomblé, que era a religião proibida e perseguida naquela época,
Tia Ciata casou-se novamente com João Batista que para aquela época era um negro bem sucedido, deste casamento nasceram 14 filhos, uma afirmação fundamental para sua afirmação na pequena África, como era conhecida a área da praça Onze