Jogos
Rugendas, Johann Moritz. A dança do lundu, 1835.
Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, nº 8, fev/mar. 2006
No Brasil, alguns gêneros da música popular relacionam-se fortemente com o corpo e com a dança, fazendo com que a musica seja tributária da sensualidade. Dois desses gêneros, há muito estudado por vários pesquisadores são o lundu e o samba – este último gênero que, a partir da década de 1930, passou a ser considerado representante genuíno e gênero musical maior da nossa identidade cultural.
Há inúmeras variações do samba, como o samba-canção e o samba-enredo, por exemplo, constituindo parte importante da nossa MPB. No período do carnaval, o samba surge com toda a força, quando garante uma alegre festa para os foliões de blocos e bandas de rua e aos olhos de quem assiste aos desfiles das escolas de samba nas capitais do nosso país, executado pelas escolas de samba que desfilam nas grandes capitais, com destaque para o Rio de Janeiro.
O lundu, o samba e outras danças afro-brasileiras que fazem parte do rico folclore nacional apresentam muitos pontos em comum: a disposição dos participantes em roda, batendo palmas enquanto um casal dança ao centro, dando a “umbigada”, enquanto a dança é acompanhada pelo canto de um solista, respondido pelo restante do grupo, através de um refrão.
Como gênero musical urbano, o samba que nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX, teve em sua origem, uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrãos de criação anônima; foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde, da Gamboa e nos arredores da Praça Onze, na depois chamada Cidade Nova.
Na imagem acima vemos a localidade da Praça Onze, as obras da Avenida Presidente Vargas, as tias Ciata e Josefa e a casa da tia Ciata, em 1941, antes de ser demolida para a abertura da Presidente Vargas.