"The Economist"
A capa intitulada “O Brasil decola” mostra uma montagem do Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete. A reportagem faz uma comparação entre a situação do país em 2003, onde o Brasil foi apontado como um dos países emergentes que iria dominar a economia global, em conjunto no que se denominou o grupo dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia e China. Importante ressaltar que, já naquela época, a capacidade do Brasil de se superar foi intensamente questionada, visto que o país sul-americano ainda passava por graves mazelas sociais, como altos índices de analfabetismo e de pessoas abaixo da linha da pobreza. Já no ano de 2009, devido a conquistas importantes do Brasil, entre elas os jogos olímpicos, o ceticismo começa a ser superado e o Brasil começa a, de fato, decolar. Contudo, também foram apontadas algumas ressalvas sobre os problemas do país que não devem ser ignorados como corrupção, falta de investimento na educação e infraestrutura adequada de serviços básicos como saúde, moradia e transporte público. Por fim, a reportagem comenta de maneira contida o sucesso econômico e procura explorar os potenciais riscos. A matéria ressalta, ainda, que Lula era um presidente de sorte. Em seu mandato estava apenas colhendo as recompensas e comodidades das ações para crescimento erguidas pelo seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Na prática, ele foi negligente e seu sucessor, enfrentaria alguns dos problemas de ordens econômica e social que o presidente tucano ignorou.
Cinco anos depois, a edição da revista em 2013 – “O Brasil estragou tudo?” que na capa exalta a imagem do Cristo Redentor caindo, a reportagem questiona se eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que anteriormente eram vistos como sinônimos de